domingo, 16 de janeiro de 2011

Íris cor de mel...

Íris cor de mel...



Para onde ir pensa ele
Que neste exato momento
Pensa e sente que algo
Está se renovando
Renascendo
Aflorando...
E com tantas perguntas
Sem respostas, ele caminha...
Caminha para dentro de si
E procura o homem que quer ser
Que quer renascer
Florescer
Jogar fora tudo aquilo
Que há muito não tem valor
Nem sabor
Então, resolve sair
Abre a porta e sai por aí
Caminha por lugares
Desconhecidos
E sem esperar
Avista ao longe
Uma silueta singular
Cabelos ao vento
Um doce caminhar
E aos poucos
Aproximam-se
Olham-se
Ele encanta-se
Com aquele olhar
Íris cor de mel
Lábios rosados
Carnudos
Esperando um beijo
Corpo esguio
Que oferece
Um abraço
Um colo
Um amor
Trocam palavras
Que ecoam ao evento
Parece música
Que juntos escrevem
Com cada sílaba
Cada som
Tocam-se
E o mundo para
E assisti ao encontro
De dois seres plenos de amor
Não existe medo
Apenas a alegria
De estarem juntos
Um para o outro
E ao pensar
Em suas dúvidas
Ele encontra todas as respostas
O homem renasce
Nos braços daquela mulher
Se sente pleno, inteiro e feliz
Para onde ir?
Ele ainda não sabe...
No momento escolheu
O lugar onde deseja
E quer ficar...
Nos braços daquela mulher
De lábios rosados
E íris cor de mel...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Metades... Metades... Inteiras...




































Metades... Metades.. Inteiras...

Silêncio, saudade
Desejos, solidão
Dor, compaixão
Cores e sabores
Alegrias e tristezas
Amor e paixão
São metades inteiras de mim
Sou metade da metade
Que somadas são inteiras
Sentimentos misturados
Muitas vezes questionados
São metades inteiras de mim
Penso em ti
E encontro outras metades
Que somadas se juntam
E unidas misturadas
Mostram-me outras e outras
Metades de mim
Meu caminho
Andei metade
Para encontrar outras metades de mim
Metade enlouquece
A outra permanece
E fica entre as outras metades de mim
Amor e desejo
Riso e pranto
Alegria e tristeza
Luz e escuridão
Vida que quer vida
São todas as minhas metades em mim
Fé e descrença
Silêncio e dor
Chegada e partida
São sentimentos aflorados
Marcados e vivenciados
Por todas as metades
Que me fazem ser assim
Amante, carente
Apaixonada, demente
Apaixonante, confusa
Intensa, errante
Metades inteiras
Que busca e procura
Investiga e questiona
Encontro metades em mim
E as outras metades de mim
Encontro em ti
Meu doce e eterno
Meu querido querubim...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Meu Pierrô, Meu Arlequim, Meu Querubim

Meu Pierrô, Meu Arlequim, Meu Querubim



Cara pintada
Boca pintada
O palhaço se esconde na máscara

Risos que são prantos contidos
As lágrimas brotam sem querer
É a saudade que invade e aflora

Cara pintada
Boca pintada
E o palhaço entrega-se a saudade

O anjo com cara de palhaço
Voa em pensamentos
Busca razões das lágrimas que brotam

Cara pintada
Boca pintada
O coração do palhaço explode e chora

O homem-menino
Palhaço-moleque
Ainda não sabe que caminho seguir

Cara pintada
Boca pintada
Cara de palhaço
Boca de palhaço
E o palhaço não perdeu a graça,
Apenas se despiu do riso
Para viver a saudade contida no pranto
Que agora lava o rosto e alma do palhaço
Que sabe o valor da saudade, da dor e do amor...

Cara pintada
Boca pintada
É o palhaço vestido de anjo
É na pele do palhaço que o anjo se esconde

Cara de palhaço
Boca de palhaço
É no palco que ele é feliz
Sua vida é o picadeiro
O palhaço se despe
E se veste de alegria
A alegria de ser palhaço
E mostrar na cara pintada
Na boca pintada
O sorriso
Um lindo sorriso
De quem é e pode ser feliz!!!

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”