sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Homem Pássaro



































Vieste não sei de onde
Voando como um pássaro perdido
Rodando como um pião
Chegaste durante uma noite
Em que o teu nome era solidão
Vieste com sede
Com fome
De amor
Loucura
Paixão
Deixou-me sem palavras
Sem ar
Com um aperto no coração
Queres me tirar do eixo?
Deixar-me sem dormir?
Fazer o meu dia se transformar em noite
E a noite o mais longo dos meus dias?
Tirar o ar que respiro e perder a calma?
Queres me torturar ainda mais ao imaginar esse encontro de magia e êxtase que me tira do chão e me faz tremer?
Pudera eu agora ser uma bruxa e voar em minha vassoura e salvar o homem que se transformou em um pássaro que está perdido em sua solidão.
E ao encontrá-lo saciar sua sede com volúpia e paixão, oferecendo água fresca em minha taça para que este homem - pássaro não se sinta mais perdido na noite, pois encontrou em meu ventre sua morada de carne e está preso em meu cordão...
E após saciar sua sede e triunfar com loucura a dor em amor,
O homem já não é mais como o pássaro que se sente perdido e roda como um pião, pois agora está preso aos laços do meu coração!

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma”.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Acorrente-se


Acorrente-se

Em busca de palavras
Encontro-te aqui
Tu que prouras a arte do encontro
Entre a música, imagens e a poesia
O cheiro da fumaça
O encanto do fogão à lenha
Encontro-te aqui
Mio Modigliani
Entre memórias
E sentimentos
Desejos...
Então serei para ti
Simone, Olga, Penélope, Cora...
Serei maga...
Serei santa...
Serei as tantas outras que quiseres
Que eu seja
Serei tua palavra
Que para mim é sagrada
Traga-me luz
Pele arrepiada
Traga-me o teu olhar
O teu sorriso
O teu silêncio
Traga-me sonhos
Calor, beijos em flor
Traga-me o perfume
O teu, para que fique em mim
Deixe-se levar pelo encanto
Do aqui e agora
Abraça-me forte
Sinta o meu corpo vibrar
Ouça o meu coração bater
E quando desejar ir
Que vá
Deixo-te ir
Sem medo
Pois sei
Que tu voltarás
Virá como um pássaro
De asas abertas
E cantando de feliz
Sentiremos juntos
O gosto do doce e do sal
E ao som de Cartola
Deixe que o barro escorra
De tuas hábeis mãos
E que brote o teu sentir o teu pulsar
Venha...
Acorrente-se
Mesmo que seja
De longe
De leve
Mesmo que seja
Por alguns segundos
Prenda-se em mim
Acorrente-se

Maribel Santos
 Minha boca, janela da minha alma.”

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Esperando por ti...



































Esperando por ti...

Não direi o teu nome
Se assim é o que tu queres
Não farei perguntas
Se assim é o que desejas
Ouvirei de ti
O que quiseres falar
Não queres falar?
Ouvirei o teu silêncio
Embalado pelas ondas do mar
Ficarei atenta a este momento
Se preciso for
Não vou nem suspirar
Nem ao menos pensar
Para não perturbar – te
Mas, serei tua ouvinte
Para tuas palavras escutar
Serei o teu colo
Para te aconchegar
Serei uma estrela
Para te iluminar
Serei a tua palavra
Que a tua boca soletrar
Serei a mais linda canção
Que os teus ouvidos escutarão
Serei eu a paz
Que tanto precisas
Será o meu coração
Que baterá junto ao teu
Será o meu corpo
Que o teu amará
Será o meu olhar
Que encontrará o teu?
Ou será o teu que encontrará o meu?

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Voraz


Voraz

Sentimentos puros nos leva e nos traz ...
Da meiguice do anjo
Ao apetite voraz
Um vulcão faz de nós
Seres intensos e entregues a este amor..
Abraço o teu corpo quente que geme de prazer...
Beijo tua boca que sussurra palavras indecentes...
Entrego-me para ti
E me deixo levar neste êxtase
Que me engole de tanto te querer...
Ah, venhas
Com tua língua lavaferina
Que escorre vermelha brasa
Venhas todo ardente
Sejas indecente
Me lambe
Beije-me
Sou toda tua
Inteira
Vem quero-te
Queimando..
Ardendo
Dentro
E fora de mim

Maribel Santos
"Minha boca, janela da minha alma."

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Beij(a)rte


Beij(a)rte

Feito arte
Escrevestes em meu corpo
A poesia do querer...
Chama arde
Em meu corpo sol
Que queima
Quero beij(a)rte
Para ter o gosto
Do teu gosto
Em me querer
Eu e tu
Somos arte que arde
Feito sol que brilha
E arde ao nascer

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

terça-feira, 26 de julho de 2011

Quando fores tu



Quando fores tu

Saberei que és tu
Quando meus olhos
Encontrarem os teus
E o meu coração pular
Saberei que és tu
Quando sentir
O meu corpo tremer
A mão suar
E o coração disparar
Saberei que és tu
Se tua voz soar
Como canção
E a mão ficar
Fria de emoção
Saberei que és tu
Se palavras doces
A minha boca falar
A minha pele arrepiar
Um nó na garganta
Sufocar
Os meus pés levitar
Saberei que és tu
Quando as palavras
Ao vento soprar
Um som doce
Ao meu ouvido chegar
O teu nome ecoar
E a minha alma levitar
Sim, saberei que és tu

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um poema



































Um poema

Me chegou um poema
Escrito, sentido
Cor azul
Infinito
Me chegou um poema
Feito e dito como vento solto
Que brota no ar
Me chegou um poema
Tão bonito que me fez levitar
Me chegou um poema
Intenso e doce
Como as ondas do mar
Me chegou um poema
Escrito por ti
Que me abraça
Tão forte
Que mesmo de longe
Fico só a pensar
Que sentimento
É este que me tira do chão
E que me faz sonhar...

Maribel Santos
Minha boca, janela da minha alma

terça-feira, 31 de maio de 2011

O Olhar

O olhar...

O quanto fala um olhar?
Ah, um olhar
Segredos escondidos
Emoções contidas
Vividas, sentidas
O quanto fala um olhar?
O meu falará de ti
Quando olhares para mim
E eu olhar para ti
O quanto falará este olhar?
Falará de nós
Do que ficou em mim
Do que ficou de nós
E o que será de nós sem um olhar?
O coração nos guiará
A nossa alma transcenderá
Os nossos corpos se encontrarão
Em um abraço doce
Suave e terno
Nossas bocas sussurrarão
Palavras de carinho
Nossos olhares se encontrarão
Nós nos reconheceremos nele
Um encontro de dois seres
Amigos, amantes...
Almas gêmeas que se buscam
Que se querem
O quanto fala um olhar?
Um olhar fala de amor
De poesia
De vida
Emoções vividas
Compartilhadas
O quanto fala um olhar?
O meu falará do teu
O teu do meu
Olhos que buscam
O verdadeiro significado
Do olhar-se
Do querer-se
A entrega verdadeira
Sem medo
Sem reservas
Dois seres que se encontram
Apenas em um único olhar...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

terça-feira, 3 de maio de 2011

A dança do amor

A dança do amor


São duas consoantes
Duas vogais
Juntos são a mais bela melodia
Estão entregues
Seus corpos respondem ao desejo
Que nasce e cresce naturalmente
Uma descoberta simples e linda
Seus corpos dançam
Suas almas se tocam
E as palavras ditas são frutos
Nascidos em dois corações
Que se entrelaçam
Que se querem
Mas não é só desejo
É um bem querer
Estão atados
De cumplicidade
De alegria
Descobrem juntos
Sentidos e desejos escondidos
Os corpos são unos
No querer viver
Intensamente cada novo sentido
É um desabrochar
São cúmplices
São amantes
Enamoram-se
Dois seres
Dois corpos
Duas consoantes
Duas vogais
Juntos são um só
Dançam a linda
Melodia de amor
Que compuseram juntos
Os corpos unidos
Entregam-se
Seduzem-se
E se entregam ao ritmo
Quente
Suave
E doce
Os corpos dançam
O ritmo intenso do amor

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

sábado, 16 de abril de 2011

Tempo de amar

Tempo de amar

É tempo de viver
É tempo de colher
É tempo de sonhar
É tempo de amar
Agora é o meu viver
Colecionar sonhos
É tempo de sorrir
É tempo de abraçar
É tempo de florir
É tempo de iluminar
Brotam sorrisos
Os braços abraçam
O corpo floresce
E resplandece iluminado
É tempo de seduzir
É tempo de querer
É tempo de ser feliz
É tempo de desabrochar
Seduza-me
Queira-me
Desabrocha-me
É tempo de ser tempo
O meu precioso tempo
Tempo de olhar
Tempo de procurar
Tempo de investigar
É tempo do meu tempo
O meu tempo é o teu
Misture-se é tempo
Tempo de querer
Parar o tempo
Para que me olhes
Há tempo de dizer
O quanto quer que
O tempo seja o nosso tempo
Tempo de querer-se
Tempo de entregar -se
Tempo de inventar
O verbo “Tempo de amar”

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

terça-feira, 29 de março de 2011

Besame




































Besame



A noite estava perfeita
E ela com um friozinho na barriga, ansiosa
Esperava pelo encontro
Era o primeiro
Após várias conversas pelo telefone
Troca de e-mails
Chegou o dia
Escolheu um vestido novo
Lindo
Que estava guardado
Para uma ocasião especial
E era hoje
Sabe aquela sensação
Que sentimos quando adolescentes
Quando nos apaixonarmos pela primeira vez?
Era exatamente assim que ela estava
E não poderia ser diferente
Sempre foi muito só
O único homem que amou
Deixou marcas de saudade
Se foi muito cedo
Eram adolescentes ainda
Mas o tempo passou
E aquele amor ficou para trás
Lembranças e o gosto do não vivido
Do amor desconhecido
Mas, agora de repente
Ela se vê entregue a algo novo
E surpreendente
Calmo, sereno, maduro
Mas ao mesmo tempo
Leve, caliente, sedutor
Música
Luz de velas
Um bom vinho
Palavras suaves
Baixinho ao ouvido
Olhos nos olhos
E a irresistível
Vontade de beijar
A boca que fala
Palavras que já
Não são ouvidas
A boca sedenta
Pede claramente
Besame
Besame
Mucho mas...

Maribel Santos
"Minha boca, janela da minha alma.”

sábado, 26 de março de 2011

Despertar...








































Despertar...

Estou entregue em teus braços
E tu acordas
Todas as minhas mulheres
As minhas meninas
As bruxas
E santas
A mulher que se despe de pudores
Veste-se de desejos
Tira saias e se despe
Se mostra e dança
Toda nua
Leve
Lânguida
Faço-me de gueixa
E te dou prazeres e gozo
Beba-me
Embriague-se de mim
Sinta o meu gosto agridoce
Lambuze-se
Sinta-se inteiro em mim
Escrevo um poema
De desejos
E calor
Trago-te para mim
Ama-me
E se entregue
Para mim
Como se fosse
A primeira vez
Que está sendo
Amado e tão desejado
Assim...
Abra os teus braços
E viva essa loucura
Por mim
Por ti
Embriague-se de nós
Em um cálice
Que serve
Um amor
Em forma
De poesia
Escrita
Dita
Beba
Palavras
De sedução
Que o vento
Leva para ti
Que estás
Tão longe
E tão perto
De mim...

Maribel Santos
'Minha boca, janela da minha alma."

segunda-feira, 21 de março de 2011

Fênix... Fênix

Fênix, Fênix !!!


Como explicar o inexplicável?
Como entender o desconhecido?
E quantas perguntas ainda serão feitas?
Que sentimento é esse que me toma?
Viajo para dentro de mim
Caminho entre vísceras
Veias, órgãos, ossos, coração
Sou cada célula
Cada membro
Do corpo que mora em mim
Um corpo dentro do outro
Um ser que me chama
E grita
Quer vida
Vivida
Sentida
Cabeça, olhos
Sempre com o coração
A frente da razão
Alma de múltiplas mulheres
Que sagram
Renascem a cada amanhecer
Estão ligadas por veias
Veias latejantes do querer
Querer sentir
Deseja ter
Amar
Renascer
Viver
Viver
E viver
A vida
É urgente
Em mim
Renasço das cinzas
Sou Fênix
Fênix que surge
Do querer viver
Renascer
Resplandecer
Renasço inteira
Das cinzas do viver
O que mais posso querer?
Eu sou uma Fênix
E uma Fênix sempre serei !!!

Maribel Santos
"Minha boca, janela da minha alma."

sexta-feira, 11 de março de 2011

Leveza da alma



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Leveza da alma



A minha alma flutua
A minha alma brilha
A minha alma é como a lua
A minha alma canta
A minha alma emudece
A minha alma grita
A minha alma é a tua
A minha alma resplandece
A minha alma é pura
A minha alma dança
A minha alma é toda nua
A minha alma sorri
A minha alma seduz
A minha alma quer a tua
A minha alma sou eu
A minha alma é você
A minha alma sonha
A minha alma é leve
A minha alma é como pluma
A minha alma é como a neve
A minha alma é candura
A minha alma se despe
A minha alma se entrega
A minha alma procura
A minha alma me diz
Que ainda vou ser tua

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma”

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pensamentos que me dizem

Pensamentos que me dizem



Quantos pensamentos?
Quantas angústias?
Quantos desejos?
Quantos sonhos?
Sinto-me rodeada
De tantas perguntas
Que neste momento
Ficam sem respostas
Um turbilhão?
Um furacão?
Ou será apenas emoção?
Minha vida é urgente
É um retomar
Um renascer
Um florir
Sim, florir
Quero ser todas
As flores
As mais variadas cores
Perfumes
Formatos
Quero desabrochar
Em um lindo jardim
E espalhar minhas pétalas
Como rosas vermelhas
Que enfeitam um vaso
Um buque
Um altar
Que abençoa
Um amor sagrado
Quero ser o perfume
A beleza das folhas
Que anunciam o outono
Que está por chegar
Quero ser lindas rosas
Que chegam a tuas mãos
Em forma de versos
Ou como uma canção
Cantada
Sentida
Por palavras
Que respondam
Todas as perguntas
Que pairam no ar
Meus pensamentos
Dizem-me
Seja rosa
Seja folha
Seja o perfume das manhãs
Chegaste a tua hora
Podes desabrochar


Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

terça-feira, 8 de março de 2011

Sou Mulher(e)s

Sou mulher (e)s



Renasço a cada instante
E o meu renascer é intenso
Vibrante e doce
Descubro-me
Olho-me
Vejo-me
Sinto-me
Sou eu
Sou muitas
Quero viver
Sonhar
Amar
Calar
Gritar
De dor
De prazer
Quero rir
De feliz
Por pouco
Ou muito
Ou nada
Sou feliz
Quero ser
Mais feliz
Quero sentir medo
E aprender sentindo
Chorar por amor
De saudade
E sentir toda
A intensidade
Que há em
Cada pedaço
Do meu ser
Sou eu
Aqui agora
Diante de mim

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

O longe é tào perto...

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O longe é tão perto


Caminho por lugares desconhecidos
Voo em ares por mim escolhidos
Para poder chegar perto de ti
São momentos de angústia
De dor e saudade
Que não encontro
Palavras para descrever
O que sinto por ti
No momento a única
Coisa que importa
É saber onde
Estás
Procuro
Investigo
E penso
Em ti
Meu doce amor
Não fujas
Não temas
O seu lugar é aqui
Ouça a minha voz
Que te chama
Venha
Minha mão está
Estendida
Para segurar a tua
Venha
Abra suas asas
Voe para mim
Não tenha medo
Meu doce
E querido anjo
Venha para mim
Para que possamos
Viver o nosso amor
Lindo, verdadeiro
E infinito como o mar
Que neste momento
Sopra uma brisa
Em forma de canção
Escrita por nossas mãos
Que será cantada
Por todos
Os anjos do céu
Voe amor meu
O longe é tão perto
Voe para mim
Espero-te
Voe sem medo
Abra suas asas
E venha para mim..

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

sexta-feira, 4 de março de 2011

Soprados ao vento...

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Soprados ao vento


A saudade invade
Toma conta de mim
Um nó na garganta
Um aperto no peito
O coração chega doer
É a saudade que sinto de ti
Que incomoda
Persiste
Faz-me ficar
Com a cabeça oca
Sinto falta de ti
Não sei explicar
E nem sei se quero saber
Só sei que sinto saudade
Saudade de ouvir tua voz
Saudade do abraço sonhado
Do beijo que ainda não roubei
Ou os tantos que ainda não dei
Saudade do teu cheiro
Saudade do teu gosto
Sinto saudade de ti
Um tempo
O vento
Uma brisa
Separam-me de ti
A lua
Tão linda lua
Esconde-se
Tímida
E espera o momento
De me levar
Para ti
Neste momento vou
Como brisa
Que sopra suave
Como beijos
Levados ao vento
Que tocam seu rosto
Seus lábios
Seu corpo
Sou beijos soprados
Levados pelo vento
Para saciar a saudade
Que sinto de ti

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Nasce um anjo

















Nasce um anjo

Sinto-me anjo
Faz-me sentir assim
Quando me dizes
Que estás encantado
Por mim
Sinto-me anjo
Um anjo-mulher
Anjo-menina
Anjo de asas
Longas asas
Que permitem voar
E me fazem chegar
Tão perto de ti
Sinto-me anjo
Quando me ofereces
Um presente divino
Trazes-me a lua
A mais linda lua
Que me ilumina
Leva-me a sonhar
Sinto-me anjo
Um iluminado anjo
Que nasce e renasce
Aprendendo a voar
Sinto-me anjo
Quando a boca fala
Palavras tão doces
Recheadas de amor
Sinto-me anjo
Com lábios rosados
Sedentos de beijos
Com gosto de amoras
Vermelhas e frescas
Sinto-me anjo
Quando me dizes
Que sou teu amor
Sinto-me anjo
Com a alma desnuda
Com o coração aberto
Pronta para este amor
Sinto-me anjo
O teu anjo
Que espera
E sonha
Com a mais linda
E encantadora noite
De entrega
Para conhecer
O verdadeiro
E único amor
Sinto-me anjo
O teu...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Deixando o amor chegar...

Deixando o amor chegar...


Sinto o abraço não dado
O gosto do beijo não trocado
Sinto o coração em pedaços
Sinto um arrepio velado
Sinto tuas mãos e um afago
A ânsia de querer te ter
Sinto amor por você
Desejos do querer
Sentir
Dar e receber
O calor
O amor
A paz interior
Uma vontade doida de viver
Viver o que não foi vivido
O que foi sonhado
E que se achava perdido
Ah, que vontade de gritar
Soltar a voz
E dizer
Palavras de amor ou de puro prazer
Mas não deixar escapar
Cada letra cada vírgula
Do ser que sou
E que quero ser
Olhar para o céu e sorrir
Vendo estrelas
Ou a chuva cair
O sol que ilumina e seduz
E aquece nosso ninho de amor
Quisera ser eu uma flor
Um bem ti vi
Uma gaivota
Uma nuvem no céu
Uma gota de orvalho
Ou uma pequena folha de papel
Que voando chegasse a ti
Como se fosse uma mensagem
De amor
E dizer:
Pode vir
Estou aqui e não quero fugir
Abraça-me forte
E beija-me bem devagar
Olha-me nos olhos
E me deixa olhar
Sentir de verdade o que eu nunca senti
O amor, o calor
O desejo se abrindo em flor
E poder dizer sem medo
Dúvidas
Nenhum temor
Vem amor
Abro os braços
E te acolho com todo carinho
E bem baixinho segredo ao teu ouvido
É o nosso amor que está i chegando
Bem de mansinho..
Brilha forte como raios de sol
Se espalha ao vento
E deixa um perfume no ar
Abençoa nossos corpos
Com a brisa que sopra do mar
O mesmo mar
Que me leva a ti
Um caminho novo
De sonhos
De luz
De felicidade
É este o caminho
Que segue agora
O meu aprendiz coração
Que nunca deixou
De ser um grande e eterno sonhador

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nasce uma poesia

Nasce uma poesia

Acharam-se
Encontraram-se
Identificaram-se
Encantaram-se
Pura magia
Que envolve dois seres
Que compartilham
Sabedoria
Compartilham sonhos
Dores
Desejos, amores
Falam de amor
Em amar
Falam da saudade
Que invade
Atordoa
Espalha-se pelo ar
Ele diz:
Leva-me na alma
Encravado
Agarrado
Levo-te diz ela
Ele com sabedoria diz:
A minha alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Levo-te comigo
Minha alma reconhece a tua
Diz ela com o coração apertado
Sentindo uma saudade desconhecida
Mas infinitamente bela
Serei teu abrigo
Ainda que não precises
Meu coração reconhece o teu
Diz ele com sua voz sentida
E continua
Se pudesse, te daria o mundo todo
Mas dou-te um pedaço,
O que me pertence,
“Eu”
Sinta-me aninhada em ti responde ela
Fazes-me sentir o teu "Eu"
Confesso-te meu afã por ti
Fizeste feliz a minha manhã
E na hora certa
Em seu colo me deito
Fecho os olhos, me deleito,
Sentindo pulsar o coração em seu peito
Pulsar forte assim
Palavras dele carregadas de emoção
Deixo o meu colo para ti
Aninhe-se
Sentes
Assim o és
Diz ela como
Se cantasse uma canção de amor
Vontade de te abraçar com carinho
Suavemente
Deitar tua cabeça em meus ombros
E acariciar tuas dores
Acalmar os teus medos
E fazer-te minha
Com calma, devagarzinho,
Com muito carinho,
Adormecer-te
Declama ele
Como quem  já escreve  uma linda poesia
A mulher amada
Desejada
Responde:
Sinto teu abraço
Deixa-me tranquila, serena
Que delícia
Sinto tudo sim doce amor
Terás disse ele
Se assim o quiseres
E já temos uma linda poesia escrita a dois
Sim, disse ela
Escrevemos com o coração
Palavras doces
As palavras são como plumas ao vento
Que nascem em nossos corações
Flutuam
E encontram-se neste momento
Como um beijo
Ele diz
Que te acaricia o rosto a cada rajada
Que chega a ti pela brisa
Que eu sopro daqui
Você é doce
Você é mel
Como quem sente o beijo
Ela diz:
Sim, é como um beijo
Que toca nossos lábios
Sinta o meu carinho por ti
Que sopro também para ti
Como brisa
E chega ao seu ouvido como canção
Canção de amor
De amar...
Do nosso amor
Do nosso amar
Nasce uma poesia
Que juntos escrevemos
Sem pensar
O que teremos
Apenas somos
Eu e você
Somos a palavra sagrada
Do verbo amar...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma”

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Vou para ti...

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Vou para ti...


Meu voo é leve
É solto
É livre
Voo para ti
Em asas gigantes
Atendendo ao teu chamado
Estou aqui!
Voo contigo
Fujo contigo
Vou sem pensar
Pensar para que?
Se me leva em teus braços
Leva-me para as nuvens
Faz-me levitar
Vou sem medo
Vou inteira
Vou sem pressa
Sou toda tua
Se farta de mim
Enlouqueça em meus braços
O mundo é nosso
A chama que arde
Que queima
Que implora
Teu corpo me quer
Sou o teu abrigo
Vem de mansinho
Se encaixe
E vem ...
Vem pra mim
Flutue em meus braços
Ame-me
Queira-me
Faça de mim o seu eterno abrigo
Vem
Vem pra mim...
Deita-me em teus braços
Leva-me para as nuvens
Diz que me ama
E faça amor comigo
Vem, vem pra mim...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha"

A sua, a nossa lua ...

A sua, a nossa lua ...


Lua que te quero lua
Lua que ilumina
Lua que aquece
Lua amante lua
Lua que me olha
Incandescente lua

Lua de amores
Lua de prazeres
Lua que me leva
E me entrega para ti
Lua crescente lua
Incandescente lua

Lua minha e tua
Tua é a minha lua
Lua que brilha
Lua que respira
Lua que diz tudo
Incandescente lua

Lua que escreve
Lua que sente
Lua que nasce
Lua que renasce
Lua que fortalece
Um amor que resplandece
De ti lua minha lua
Sua, nossa lua
Que me leva
E me entrega para ti
Lua que te quero lua

Maribel Santos
"Minha boca, janela da minha alma."

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quem és tu?

Quem és tu?

Um rosto escondido
Uma voz desconhecida
É assim que você
Apresentou-se para mim
Chegou de mansinho
Em passos miudinhos
E devagarinho se aproximou
Um menino assustado
Envolto em pedaços
Em laços de dor
Ainda assustado
Aos poucos
Mostrou todo o seu amor
Mas, como sou toda prosa
Mil perguntas fiz
De onde tu vens?
Para onde tu vais?
E o que te traz para perto de mim?
Com o rosto escondido
E ainda meio perdido
Ele respondeu:
Venho de um mundo
Um tanto distante
Caminhei... caminhei
E por aqui cheguei
De onde venho
Deixei muita dor
Muralhas do tempo
Que agora parecem
Soltas no vento...
Cheguei até aqui
Em procura de abrigo
Um colo
Um carinho
Um ombro amigo
Olhei para aquele rosto
Ainda escondido
E quase sem fala
Respondi:
Se queres carinho
Um colo
Um abrigo
Já logo te digo
Que aqui encontrou
Andaste no tempo
Enfrentaste o vento
A chuva o calor
E conseguiste chegar
Em um canto do mundo
Que oferece amor
E nunca mais irá lhe faltar
E com um gesto tão lindo
Meigo e tão delicado
Ofereceu-me uma flor
De onde venho
Deixei sim muita dor
Mas trago comigo
Grudada em meu peito
Uma rosa encantada
Recheada de amor
E ainda me disse
Falando da flor
Ela é mágica
Transforma
O ruim em bom
A dor em alegria
O choro em um sorriso
Encantada fiquei
Com a rosa na mão
Então neste momento
Ouvi a voz do meu coração
Plante
Cultive
A rosa  encantada
E espalhe aos quatro cantos
Esta linda história de amor

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Desvenda-me !!!




































Segredos?
Ah, são muitos...
Mas nada que tu não possas descobrir
Não sou tão inatingível
Olha-me
Mas olha-me fundo
Leia-me
Estou nas entrelinhas
Em cada vírgula
Cada letra
Cada palavra
Desvenda-me
Sou emoção
Coração
Compaixão
Sou desejos
Ardentes
O afago
O colo
O beijo
O calor
Olhos nos olhos
O olhar doce
Que olha e sabe o que diz
Sou furacão
Sou paixão
Queira-me
Como mulher
Menina
Anjo
Bruxa ou santa
Deseja-me
Sinta-me
Olha-me
Desvenda-me
Descubra-me
Estou aqui
Inteira
Procura-me
Estou em ti
Sou a palavra
A poesia
A canção
Sou pura arte
Sou coração
Sou lábios
Sou a boca
Que diz
Desvenda-me!!

Maribel Santos
‘“Minha boca, janela da minha alma.”

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O meu olhar procura o teu ...

O meu olhar procura o teu ...
O meu olhar procura o teu
Minhas mãos buscam a tua
A minha boca deseja a tua
O meu corpo quer o teu ..
Ah, doce amor
Que saudade ..
Um vazio toma-me
Invade todo o meu ser
É a saudade do querer
Aquele querer ter
Por perto...
Bem perto
Que grita, mas grita baixinho
O meu olhar procura o teu
Meus olhos querem os teus
Que olham e sentem a saudade
Aquela dor latente e sempre insistente
A minha boca procura a tua
Quer ouvir palavras de amor
Beijar e sentir o sabor
Do beijo longo doce e quente
Do gosto do querer ter
Querer sentir o coração
Pulando, saltitando de feliz
Do encontro dos corpos
Que se acham
Enlouquecem
Desejam e querem
O procurar
O encontrar
O ter
O sentir
O prazer
O doce
Querer
Intenso
Vibrante
Querer
O meu olhar procura o teu
Ele quer olhos nos olhos
Mãos que se acham
Bocas que se tocam
Corpos que se entregam
O meu olhar procura o teu
O teu procura o meu
Achamo-nos nesse olhar
No olhar que procura
Um lugar
Encontro-me no teu olhar...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma. ’

domingo, 16 de janeiro de 2011

Íris cor de mel...

Íris cor de mel...



Para onde ir pensa ele
Que neste exato momento
Pensa e sente que algo
Está se renovando
Renascendo
Aflorando...
E com tantas perguntas
Sem respostas, ele caminha...
Caminha para dentro de si
E procura o homem que quer ser
Que quer renascer
Florescer
Jogar fora tudo aquilo
Que há muito não tem valor
Nem sabor
Então, resolve sair
Abre a porta e sai por aí
Caminha por lugares
Desconhecidos
E sem esperar
Avista ao longe
Uma silueta singular
Cabelos ao vento
Um doce caminhar
E aos poucos
Aproximam-se
Olham-se
Ele encanta-se
Com aquele olhar
Íris cor de mel
Lábios rosados
Carnudos
Esperando um beijo
Corpo esguio
Que oferece
Um abraço
Um colo
Um amor
Trocam palavras
Que ecoam ao evento
Parece música
Que juntos escrevem
Com cada sílaba
Cada som
Tocam-se
E o mundo para
E assisti ao encontro
De dois seres plenos de amor
Não existe medo
Apenas a alegria
De estarem juntos
Um para o outro
E ao pensar
Em suas dúvidas
Ele encontra todas as respostas
O homem renasce
Nos braços daquela mulher
Se sente pleno, inteiro e feliz
Para onde ir?
Ele ainda não sabe...
No momento escolheu
O lugar onde deseja
E quer ficar...
Nos braços daquela mulher
De lábios rosados
E íris cor de mel...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Metades... Metades... Inteiras...




































Metades... Metades.. Inteiras...

Silêncio, saudade
Desejos, solidão
Dor, compaixão
Cores e sabores
Alegrias e tristezas
Amor e paixão
São metades inteiras de mim
Sou metade da metade
Que somadas são inteiras
Sentimentos misturados
Muitas vezes questionados
São metades inteiras de mim
Penso em ti
E encontro outras metades
Que somadas se juntam
E unidas misturadas
Mostram-me outras e outras
Metades de mim
Meu caminho
Andei metade
Para encontrar outras metades de mim
Metade enlouquece
A outra permanece
E fica entre as outras metades de mim
Amor e desejo
Riso e pranto
Alegria e tristeza
Luz e escuridão
Vida que quer vida
São todas as minhas metades em mim
Fé e descrença
Silêncio e dor
Chegada e partida
São sentimentos aflorados
Marcados e vivenciados
Por todas as metades
Que me fazem ser assim
Amante, carente
Apaixonada, demente
Apaixonante, confusa
Intensa, errante
Metades inteiras
Que busca e procura
Investiga e questiona
Encontro metades em mim
E as outras metades de mim
Encontro em ti
Meu doce e eterno
Meu querido querubim...

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Meu Pierrô, Meu Arlequim, Meu Querubim

Meu Pierrô, Meu Arlequim, Meu Querubim



Cara pintada
Boca pintada
O palhaço se esconde na máscara

Risos que são prantos contidos
As lágrimas brotam sem querer
É a saudade que invade e aflora

Cara pintada
Boca pintada
E o palhaço entrega-se a saudade

O anjo com cara de palhaço
Voa em pensamentos
Busca razões das lágrimas que brotam

Cara pintada
Boca pintada
O coração do palhaço explode e chora

O homem-menino
Palhaço-moleque
Ainda não sabe que caminho seguir

Cara pintada
Boca pintada
Cara de palhaço
Boca de palhaço
E o palhaço não perdeu a graça,
Apenas se despiu do riso
Para viver a saudade contida no pranto
Que agora lava o rosto e alma do palhaço
Que sabe o valor da saudade, da dor e do amor...

Cara pintada
Boca pintada
É o palhaço vestido de anjo
É na pele do palhaço que o anjo se esconde

Cara de palhaço
Boca de palhaço
É no palco que ele é feliz
Sua vida é o picadeiro
O palhaço se despe
E se veste de alegria
A alegria de ser palhaço
E mostrar na cara pintada
Na boca pintada
O sorriso
Um lindo sorriso
De quem é e pode ser feliz!!!

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”