quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Feito tatuagem

Feito tatuagem


Descobrir
Procurar
Investigar
Em cada sentir
Cada palavra
Dita ou que ainda será
O som do silêncio
De corpos nus
Que se desejam
Querem-se
Procuram-se
O quente
O frio
O doce e o sal
O riso
A lágrima
Qual o gosto do gosto?
Que alquimista faria tal mistura?
Os cheiros exalam
Dos corpos que se procuram
Acham-se
Dançam um balé
Sincronizado e sensual
De magia e de uma beleza indescritível
Os olhos se acham
São dois corpos
Que se fazem um
Dois seres que se encontram
São unos neste amor
Lágrimas não de dor
Mas de amor
De desejos contidos
Amam-se
Descobrem que até então
Nada sabiam
Descobrem juntos
Os sentidos
Despertam o paladar
O olfato
Juntos seus corpos são pura magia
Uma sinfonia perfeita
Uma canção que toca
A alma
O ser
São dois corpos
Amantes
Felizes em toda a plenitude
Moldam-se
Ao prazer e ao êxtase
Entregam-se com loucura
Saciam a sede do amor e de amar
Loucura?
Paixão?
Amor?
Que seja uma louca paixão com amor
Colam-se feito tatuagem
O medo se foi
Para que o amor ficasse
No espaço vazio
A verdade da entrega
O querer ter e ter
E poder ter acalma a alma
A minha
A tua
Dois seres inteiros
Plenos
Dois corpos desenhados
Colados grudados
Um no outro
Como tatuagens
Aqui escritas
Por dois seres
Que se acham
Que se descobrem
Um no outro

Maribel Santos
“Minha boca, janela da minha alma.”

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